A disciplina Ciência Política foi instituída na UFF em 1964, quando da criação do Curso de Ciências Sociais do Instituto de Ciência Humanas e Filosofia. Cerca de 20 anos depois, como resultado do desenvolvimento experimentado por esse campo de conhecimento em todo o mundo, e em particular no Brasil, foi criado o Departamento de Ciência Política, em 27 de fevereiro de 1985.
Atualmente o Departamento de Ciência Política, na graduação, oferece disciplinas obrigatórias (Política I, II, III, IV e V) no curso de Ciências Sociais, no de Relações Internacionais (Política I, II, III e IV) e Política Clássica e Política Contemporânea na graduação em Sociologia, todas compondo o currículo mínimo dos respectivos cursos. Cerca de 40 outras cadeiras, entre optativas e eletivas, fazem parte de seu Ementário e são regularmente oferecidas aos alunos que pretendem concentrar seus estudos nessa área de formação acadêmica. Além dessas ofertas específicas para os alunos de Ciências Sociais, Relações Internacionais e Sociologia o Departamento oferece seus serviços, também, aos cursos de História, Filosofia, Antropologia, Sociologia, Serviço Social, Economia e Serviço Social da UFF. Hoje, algo em torno de 1500 estudantes – alguns deles através de programas de intercâmbio internacional – se beneficiam das cadeiras oferecidas pelo seu quadro docente.
Em 1994, o Departamento de Ciência Política, juntamente com o Departamento de Antropologia, instituiu o Programa de Pós-Graduação em Antropologia e Ciência Política (PPGACP), surgindo o Mestrado em Ciência Política e o Mestrado em Antropologia que mantiveram intenso intercâmbio pedagógico-científico. No final de 2003, essas duas áreas, buscando caminhos próprios, resolveram se dissociar, sem perda de suas respectivas capacidades acadêmicas, surgindo o atual Programa de Pós-Graduação em Ciência Política (PPGCP). Nesse período o Departamento de Ciência Política perdeu a editoria da Revista Antropolítica ausência que foi suprida pela incorporação da Revista Estudos Políticos em 2014.
Durante todo o ano de 2004 foi se delineando a estrutura do novo Curso de Mestrado em Ciência Política. As turmas que ingressaram a partir de 2005 passaram ser formadas de acordo com o novo currículo. Em fevereiro de 2006 a CAPES autorizou o credenciamento do Curso de Doutorado em Ciência Política (CDCP) com conceito 4 (quatro). Em agosto de 2006 a primeira turma do Curso de Doutorado iniciou suas aulas. Em 2008 o Departamento de Ciência Política teve aprovada a proposta de criação do Programa de Mestrado em Estudos Estratégicos da Defesa e da Segurança a partir de uma de suas áreas de concentração. Com a criação do Instituto de Estudos Estratégicos, que passou a concentrar os professores que se dedicavam às questões militares, tanto o Departamento de Ciência Política quanto o Programa de Pós-Graduação em Ciência Política puderam estabelecer novo perfil dedicado às suas duas atuais áreas de concentração: Teoria Política e Interpretações do Brasil e Estado em Sociedade.
Tendo como principal diretriz, desde a sua fundação, o investimento na qualificação de seus profissionais, o Departamento conta atualmente com docentes e pesquisadores reconhecidos nacional e internacionalmente. Muitos de seus membros já lecionaram como convidados em reconhecidas universidades estrangeiras, assim como foram convocados para exercer altos cargos na administração federal, estadual e municipal. A produção científica dos seus quadros, em termos de livros e artigos publicados em reconhecidos periódicos, no Brasil e no exterior, chega agora a algumas centenas.
Visando maior grau de integração entre os seus sistemas de graduação e de pós-graduação, tanto a Chefia do Departamento, como a Coordenação da Pós-Graduação, incentivam a cooperação entre os alunos e os professores nos dois níveis de formação. Tal cooperação se dá tanto no campo do ensino como no campo da pesquisa. No primeiro caso, os alunos da graduação são estimulados a participar dos projetos dos professores que exercem suas atividades na pós-graduação. No segundo caso, os alunos da pós-graduação fazem seus estágios de docência na graduação sob a devida supervisão de seus orientadores nos cursos de Mestrado e Doutorado. Outras formas de cooperação são também importantes, tais como o estímulo à freqüência a ciclo de palestras, conferências, encontros, seminários, etc., quando convivem professores e alunos da graduação e da pós-graduação. Além disso, os estudantes da graduação são estimulados a desenvolver suas monografias tendo em vista o prosseguimento de sua pós-graduação no Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFF.